quarta-feira, 4 de julho de 2012

Boi Caprichoso vence o 47 Festival Folclórico de Parintins.

Por Francy Silva

A abertura dos envelopes com as notas dos jurados foram abertos as 14:00 no escritório da AGESMA, na área interna do bumbodrómo. Presidentes das agremiações, advogados, fiscais, polícia militar e outros estavam presente conferindo a  contagem dos pontos.


Com uma pequena diferença nas notas o Boi Caprichoso venceu o Festival, levando vantagens em itens individuais como: cunhanporanga, pajé, galera e boi.


O troféu foi entregue a presidente Márcia Baranda que ficou muito emocionada, e quase não conseguiu dar entrevista aos vários comunicadores.


A torcida azulada vibrou de alegria com as notas, principalmente no item Galera. Uma explosão de gritos ecoaram nas arquibancadas do boi campeão.


 Mesmo embaixo de chuva a torcida juntamente com os membros de todos os setores da agremiação saíram em uma grande carreata pelas ruas de Parintins. A comemoração continuou no curral Zeca Xibelão onde a festa durou até tarde da noite.


Na próxima sexta (06) acontecerá no Centro de Convenções de Manaus - Sambódromo a festa da vitória, onde se faraõ presentes todos os intens oficiais do Boi Caprichoso. 

Boi Caprichoso apresenta o Tema " VIVA A CULTURA POPULAR "



Com um “Brasil de todas as cores” o boi Caprichoso defendeu o tema Viva a Cultura Popular. O apresentador Junior Paulain representando Patativa do Assaré, abriu o espetáculo animando a galera com a toada “Sentimento Caprichoso”. Do alto do céu de uma altura de 50 metros o Levantador de Toadas David Assayag que representou Luiz Gonzaga, ícone da música brasileira chegou emocionando e provocando delírio na galera.

Com o berrante Junior fez a chamada tradicional chamando Marujada de Guerra que veio representando os folguedos juninos.

Na arena adentravam os módulos da Exaltação Folclórica “Viva o povo brasileiro” simbolizando o colonizador, o negro, o índio e o nordestino, obra do artista Juarez Lima. Boneco Gigantes representaram as manifestações folclóricas brasileiras (Dona Aurora, Seu Gigante, o Sr. da Madrugada, Caboclo de Lança do Maracatú, O Rei do Reisado, Ogum, Baiana do Bonfim, Joãozinho Trinta que acompanhavam a apresentação.

A cultura popular se configurou com os dançarinos que representaram a cultura dos estados brasileiros, lamparineiros, o Boi-Bumbá de Parintins com Cordão de Ciranda, Quadrilha Junina, Roda de capoeiras, Grupo de candomblé, Dança indígena, Cordão de bumba-meu-boi, Brincantes da Cavalhada, Cordão de Pastorinha. O cenário ficou completo com o grupo cênico representando a farinhada, o artesão caboclo, as Benzedeiras e Parteiras. Na galera a Procissão de São Pedro. O anfitrião Boi Caprichoso surgiu na estrela central da alegoria.

O Amo Edilson Santana representando Roque Cid surgiu no meio do bailado conduzindo o bumba-meu-boi do Maranhão, com Pai Francisco, Catirina e Gazumbá. A Sinhazinha Thainá Valente chegou representando o universo da literatura infantil. Vaqueirada exaltou a Arte do Folclore Popular. Com a toada Viva a Cultura Popular, o Caprichoso concorreu Toada Letra e Música.

Outro momento forte foi a aparição da Porta-Estandarte Jeane Benoliel que inovou com o estandarte mostrando um Brasil de todas as cores representando a Aquarela da Cultura Popular. O apresentador Junior Paulain trocou de figurino e surgiu na arena de Caboclo Farinheiro na Figura Típica Regional trazendo a rainha do Folclore Brena Dianná. A mesma alegoria transformou-se em Lenda Amazônica, o Curupira trazendo a Cunhã-poranga Maria Azêdo que veio nas mãos do Curupira.

A marca incomparável do Caprichoso esteve presente no tribal iniciando com a Celebração Indígena Mawacá reunindo as tribos no Upuracê Tribal.

O espetáculo à parte foi do Pajé Waldir Santana que chegou acompanhado de dez legisladores, benzeu os tuxauas enquanto preparava o Ritual Indígena Araweté do artista Rossy Amoêdo. Quando todos pensavam que o espetáculo havia encerrado a celebração indígena Mística Xinguana adentrou a arena em uma dança de sincronia e perfeição.








Fonte: http://www.boicaprichoso.com.br/

"GARANTIDO MOSTRA TRADIÇÃO NO PAÍS DO FOLCLORE"

 

        

" Nem chuva conseguiu atrapalhar o grande espetáculo "Tradição do Brasil", apresentado pelo Boi Garantido, na segunda noite de Festival Folclórico, no Bumbódromo. O primeiro momento ficou por conta da celebração folclórica No país do folclore . Confeccionada pelos artistas Jonathas Marinho e José Trindade, a alegoria retratou folguedos do Brasil onde o Boi Garantido é uma das manifestações culturais."

    


As aparições da porta-estandarte, da sinhazinha da fazenda, do amo do boi e do Boi Garantido foram surpreendentes ao saírem de dentro de corações. O levantador de toadas Sebastião Júnior, interpretou ‘Festa do Povo Vermelho’, como toada letra e música. Em quase uma hora de apresentação, caiu uma chuvarada sobre a arena, mas a galera encarnada, regida pela cadência da batucada, mostrou a raça, a garra e a emoção de ser Garantido.


O levantador de toadas inovou mais uma vez no Festival ao encenar junto com as tribos e ser um tuxaua Yanomami. Estreante no Festival deste ano como artista de ponta, Roberto Reis recriou um cenário com uma das lendas mais conhecidas no mundo, a das Guerreiras Amazonas, na concepção de Naruna, descritas nos contos de navegadores. A cunhã-poranga surgiu conduzida por uma serpente de seis cabeças.




Outro artista plástico estreante este ano foi Jairzinho Mendes ao assinar a figura típica regional ‘O Pescador’. O apresentador Israel Paulain incorporou um caboclo para narrar estórias dos pescadores da Baixa do São José, com ênfase a figura do criador do Boi Garantido, Mestre Lindolfo Monteverde, exímio pescador. Uma lança trouxe a rainha do folclore da parte central, do alto da alegoria que exibia peixes nobres da região como o Pirarucu e Aruanã.

O Ritual ‘Apocalypto Yanomami’ foi um dos momentos mais fantásticos durante a apresentação do Boi Garantido, na segunda noite. A alegoria concebida pelo artista plástico Júnior de Souza, conhecido por obras gigantescas, deixou os expectadores em estado de êxtase. A cerimônia mostrou a resistência dos Yanomami aos agressores da natureza, em síntese, os garimpeiros que invadem a reserva em busca de ouro e liberam o monstro ‘Xawara’.





A criação foi marcante pela movimentação dos seres. O pajé apareceu suspenso a mais de vinte de metros de altura, na cabeça de uma cobra, e depois evoluiu na arena. No final, a galera vermelha e branca regeu o espetáculo ‘Tradição do Brasil’, ao cantar em uma só voz, grandes clássicos do Boi Garantido como ‘De Parintins para o Mundo Ver’ (1997), ‘Boi de Pano’(2002) e ‘Miscigenação’(2011). A apresentação não excedeu o horário e ocorreu normalmente.